segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ENGANO DA BEBIDA ALCOÓLICA



Um estudo realizado na Itália com 3 mil adultos aponta que beber moderadamente pode não trazer os benefícios proclamados por outras pesquisas. O estudo foi feito com pessoas de 70 a 79 anos e mostra que fatores ligados ao estilo de vida, como exercícios e alimentação saudável, são muito mais ligados à saúde do que a o costume de beber pouco ou moderadamente. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Ferrara, beber uma ou duas doses alcoólicas diárias podem simplesmente ser um costume de pessoas saudáveis, e não o motivo pelo qual elas têm saúde. Vários estudos mostram que pessoas que bebem moderadamente vivem mais que os abstêmios e as que bebem muito. Pesquisas anteriores mostram que existe uma relação entre o consumo de álcool e a mortalidade, em que o risco de morte diminui com algumas doses semanais e aumenta quando as doses também são em maior número. O principal motivo apontado para isso é a diminuição do risco de doenças cardiovasculares em pessoas que bebem moderadamente. Além disso, o álcool serve como afinador do sangue e reduz o risco do entupimento de artérias, como a aspirina. Porém, muitas pesquisas passaram a relacionar a bebida com inúmeras melhorias fisiológicas, desde capacidade cognitiva a cura de resfriados, levando à suspeita dos pesquisadores italianos. [Mudanças saudáveis no estilo de vida, sem os riscos do consumo de álcool, levam aos mesmos benefícios.]

A equipe que fez o estudo analisou um questionário feito com os participantes da pesquisa, que responderam sobre a sua ingestão de álcool e problemas comuns durante a terceira idade, como dificuldades cognitivas, quedas e declínio das funções corporais. Os resultados mostraram que as pessoas que afirmaram beber moderadamente têm estas funções em melhor estado que aquelas que não bebem ou que bebem muito.

A pesquisa, entretanto, foi mais fundo na questão: outro questionário foi feito para observar características relacionadas ao estilo de vida, como atividades físicas, peso, educação e renda. Quanto mais o estilo de vida era levado em consideração, menos o consumo de álcool parecia ter um papel importante para os resultados positivos durante a idade avançada.
Além disso, os pesquisadores consideraram que, muitas vezes, os abstêmios deixam de beber devido a medicações usadas para tratar doenças ou até mesmo porque se sentem doentes ou fracos para ter o hábito. [...]

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